A HISTÓRIA COMEÇOU…
É uma história, com quatro rapazes e uma rapariga, quase sempre comandados pelo Chico irmão da Ana e dois vilões a quem chamavam de Zé do Arco e Sousa, que furtavam galinhas, assaltavam meloais tornando-se por vezes agressivos
O Chico conforme é conhecido no filme, acaba por sofrer um acidente provocado pelo Zé do Arco, e desaparece sem deixar rasto, até ao dia em que a Ana ouviu o Sousa com comentários sobre a sorte do irmão.
Este incidente é provocado por um dano colateral de um acto ilícito numa quinta presenciado pelo Chico, e os dois actores principais adultos, O Zé do Arco e o Sousa, conduziram toda a história fascinante.
Imaginem só como estes cinco jovens confrontados com dois aldeões, se comportaram em momentos de aventura que foram o motivo principal do seu desenvolvimento. A história desenrolou-se entre a Ponte do Codeço e a Quinta da Folha bem como nos seus percursos, desde a saída da escola Cardeal Rocha Melo passando por caminhos de acesso à quinta e foi neste cenário natural que os protagonistas demonstraram as suas capacidades de diálogo, e representação alguns conhecimentos sobre a natureza.
Na margem do rio, junto aos Moinhos ás15.30 dia16 de Julho depois do almoço, uma criança, (Ana) encontra-se na margem do rio pensativa muito triste atirando pedras sobre a água, ouviam-se vozes ao longe relacionado com o que encontraram junto aos moinhos.
“O meu nome é Ana Sofia tenho 30 anos, hoje é um dia triste na minha família e em Novelas, relembra-mos a morte do meu irmão Francisco, hoje quando procediam a obras de recuperação do moinho encontraram a prova que procura-mos á vinte anos, os peritos irão analisar e dizer se estava realmente certa
O meu irmão era meu amigo, eu devia ter avisado a polícia, mas ele não quis, foi em Agosto de 1986, tenho medo só de pensar no que aconteceu…
Todos os dias quando saía-mos da escola, eu o Francisco e o meu primo André vinha-mos sempre de brincar com o Miguel e o Tiago, o Francisco gostava muito da aventura e até por vezes de chatear, parecia que tinha bichos de carpinteiro…”
Á saída da escola frente á casa do padre, no percurso até ao cemitério e no dia seguinte antes do almoço, o Chico, o André, e o Tiago, caminhavam em grupo tinham acabado de sair da escola, traziam as mochilas, e com uma vara na mão a brincar o Tiago tentava fazer risco no chão á frente, enquanto o André e o Chico, comiam maçãs que tiravam da mochila.
Mais atrás vem outro grupo de seis miúdos e duas raparigas, estão a ver os cadernos com a Ana juntos, todos se divertiam e brincavam vindo atrás outros miúdos separados.
Junto ao cemitério na quinta do Mota no dia 18 de Julho antes do almoço, o grupo esconde-se e começa a avistar-se o Sousa e o Zé do Arco, esperam um pouco até se cruzarem e o Zé tira um papel do bolso e com um lápis e a ler, continua a andar….
Junto ao cemitério na quinta do Mota/curva, os miúdos começam a correr mal os velhos partem, combinam o que vão fazer de tarde. Já aflitos, o André e a Ana á mesa com alguns problemas com a mãe, tentaram arranjar uma forma, de mais à tarde se verem livres, para poderem ir ter com o Chico e o Tiago.
André está á mesa, a mãe na cozinha e o Chico e a Ana já se encontram na paragem, viram passar a camioneta com a mãe do André, ela desconfiou de os ver ali sozinhos, vê-se ao longe aparecer o André mas nem sinal do Tiago.
Chico e a Ana caminham os três pelo caminho abaixo, o André mostrou o relógio á Ana, de repente caiu o relógio ao chão…
No dia seguinte na escola, há hora do recreio muitas crianças conversavam enquanto lanchavam, o Chico começou a aparecer em direcção á Ana que estava junto das colegas.
Começou a escurecer e chegaram o Sousa e o Zé do arco, com uma garrafa de vinho e uma saca na mão, fazendo-se acompanhar de uma bicicleta, por instantes pararam, enquanto o Sousa se preparava para acender uma fogueira e assar uma chouriça.
O Zé pega num lápis e estudava como devia preparar o assalto nessa noite, no momento em que ele saiu, o Chico apanhou o papel que ele deixou sobre a pedra.
O Sousa adormecia junto á fogueira, quando passado uns instantes o Zé chegava para arrumar e partir para o local do assalto, já o Chico tinha ido ter com a Ana.
Ao chegar á casa Damolar, o Chico observava o local mais de perto do muro e quando tenta subir fica com o casaco preso e faz barulho, despertando a atenção dos vilões.
O Chico começa a fugir, sobe em cima da bicicleta do Zé e começa a andar em direcção ao rio, quando chega á ponte atira a bicicleta para o lado e esconde-se.
È então que chega o Zé e o Sousa a correr vêm a bicicleta e param á procura… encontram o Chico, agarram-no este desequilibra-se, bate com a cabeça numa pedra e caí no rio.
Mais em cima esta a Ana encontra-se com a leiteira escondida a ouvir tudo e começa a afligir-se e a chorar, levanta-se e começa a correr sufocada em direcção a casa, o corpo do Chico nunca chegou a ser encontrado. Só 21 anos depois quando procediam a obras de recuperação do moinho, apareceram indícios que supostamente pertenciam ao Chico.
Novelas 28 de Setembro de 2005
Novelas 28 de Setembro de 2005
O Grupo de Apoio a Jovens na Ocupação de Tempos Livres, está de parabéns, fez na realidade algo inédito que muitos desejariam fazer.
ResponderEliminarO fundamental é tudo o que os prende, o reconhecimento de figuras que fizeram parte de um passado histórico na freguesia e no concelho de Penafiel.
Força coragem e continuem.
Um abraço
Fernando Sousa.